António Salvador mostra-se muito crítico quanto à Televisão Digital Terrestre: «A TDT foi uma fraude e devíamos tentar encontrar quem a fez. Como fomos os últimos, tínhamos de fazer bem, e isso também foi bom para a televisão por subscrição», afirma o presidente da GfK, empresa que mede as audiências em Portugal. Salvador salienta mesmo o crescimento da TV paga: «Os canais generalistas [RTP, SIC e TVI] têm feito um grande esforço, mas não vejo como retroceder e impedir o sucesso do cabo.»
Neste contexto, o presidente da GfK não tem dúvidas de que a tendência é de «crescimento do cabo», apesar de considerar que “a taxa de subscrição é muito elevada”. «Mas também acredito que não haja muitas variações», avança.
O responsável acrescenta ainda que a «CMTV é um caso de exceção no mercado, porque o CM tem uma estrutura jornalística pelo País». De resto, considera que «não há espaço para mais conteúdos» no cabo. Numa análise à oferta televisiva atual, é perentório: «Medimos 150 canais, podíamos medir só 40», no sentido em que os restantes 110 são quase irrelevantes.
António Salvador adianta que, neste momento, a GfK tem audímetros instalados em cerca de 1100 lares portugueses.