Amélia Campo (Maria Emília Correia)
Cabeleireira de profissão, viúva e habitante irredutível da Aldeia Nova, não troca a sua casa à beira-rio por nada nem por lugar nenhum, pelo que nunca aceitou ir viver para a quinta da filha e do genro, na Aldeia Velha.
No entanto, é lá que tem um salão de cabeleireiro.
O neto Afonso é o menino dos seus olhos e das poucas vezes que este visita a terra onde nasceu, Amélia arranja-se o melhor que pode.
Vaidosa e teimosa, faz o que quer, quando quer e não permite que mandem nela.
Nem sequer a sua filha, médica, lhe consegue controlar os medicamentos para a tensão, os quais se esquece de tomar frequentemente. Amélia é forte por natureza e acha que nada a pode abalar, nem mesmo a saúde.
Por causa da sua profissão, sabe a vida de toda a gente e adora dar conselhos que não lhe pedem.
Está sempre disposta a ajudar e toma as dores dos outros como suas, mas também é autoritária e desbocada, quando lhe pisam os calos.
Armanda Silva (Dânia Neto)
É a manicure e ajudante de cabeleireira no salão de Amélia, e tem muito pouca paciência para as manias das clientes chatas que passam ali a vida.
Não é exatamente má pessoa, mas tem uma grande falta de noção de quem é e acha-se melhor que os outros. É pouco sofisticada, mas despachadona e vai direta ao assunto, especialmente quando este passa pelo sexo masculino.
Fala e age como se tivesse muita experiência no campo e faz questão de ir alimentando a curiosidade dos homens da terra, graças à sua sensualidade e lábia.
Mas a verdade é que não passa tudo disso mesmo: lábia. Armanda é virgem e não tem qualquer experiência com homens.
Quer sim encontrar o homem certo que para si é sinónimo de homem rico, para lhe proporcionar uma vida boa e de luxo, mas tudo o que tem até agora, à sua volta, são os homens da aldeia e o insistente Tó Calhau.
Quando Nuno chegar a Rio Meandro, Armanda vai apostar todas as suas fichas nele.
Dulce Esperança (Raquel Tavares)
É bonita, sensual, independente, determinada e muito perspicaz. Quando chega ao posto da guarda de Rio Meandro, vai ter de enfrentar alguma desconfiança e preconceito dos colegas e da própria população.
Pela curiosidade, os homens e mulheres das redondezas inventam ocorrências para conhecer a nova Sargento.
Por ser uma mulher inteligente, chega com uma postura humilde, e evita confrontos com o Cabo Pinho e o Cabo Ferreira, embora este fique extremamente frustrado desde o dia da sua chegada.
Se, no início, Dulce está disposta a criar bom ambiente no posto e a criar uma equipa, quando percebe que o Cabo Ferreira jamais a aceitará como líder, torna-se uma ditadora.
Ao mesmo tempo, sem que consiga evitar, começa a apaixonar-se pelo seu principal opositor.
José Ferreira (Jorge Corrula)
É o irmão mais velho de Neca, mas isso não faz dele o mais responsável.
Playboy assumido, diz-se wingman do sobrinho, mas a verdade é que nunca conseguiu ter um relacionamento estável e, neste momento, atravessa uma crise de meia-idade.
É um autêntico “rambo”, cheio de histórias dos seus grandes feitos e proezas de guerra, como ele gosta de dizer.
Gaba-se, inclusivamente, de uma marca no corpo que diz ter conseguido numa missão ultra perigosa.
É o elemento da guarda mais preocupado com a aparência, o que leva a cunhada a insinuar que casou com o irmão errado só para atiçar o marido.
Com a reforma do seu superior, Zé, por ser o mais velho e mais competente, convenceu-se de que tinha chegado a sua hora de liderar o posto, mas enganou-se.
Ver Dulce Esperança, uma mulher jovem, assumir a chefia do posto será uma humilhação e está decidido a não facilitar a vida à sua Sargento.
Dulce tentará fazer dele um militar sério e, neste percurso, apaixonam-se secretamente um pelo outro.
Padre Orlando (Bruno Cabrerizo)
Aceitou o desafio de congregar a Aldeia Velha e a Aldeia Nova depois de estar há uma década numa desenvolvida cidade do litoral.
É um homem de fé inquestionável e o que mais lhe agrada na profissão é o convívio.
Gosta de desporto em geral e não tem paciência para beatices, algo que lhe custará um conflito permanente com o diácono Miguel.
Vive na casa paroquial, que gentilmente acedeu a partilhar com a família Brito, e não abdica da rotina do desporto, suplementos e alimentação saudáveis.
Muito bem recebido por Isabel, mulher do diácono, terá de recusar as investidas dela e permanecer fiel a deus.
Sente empatia imediata com as gentes da aldeia, mas nem tudo vai ser fácil.