João Baião faz um balanço positivo da ‘nova’ “Praça da Alegria”

Já passaram quatro meses desde a estreia na nova “Praça da Alegria”, com apresentação de João Baião e Tânia Ribas de Oliveira. Ao suplemento Vidas do Correio da Manhã, o apresentador faz um balanço positivo.

«[O Balanço é] muito positivo. Este programa é uma marca muito forte da RTP. Foram muitos anos no Porto e, quando se muda, gera-se sempre alguma estranheza. Mas a verdade é que estes formatos precisam de algum tempo até se reestruturarem, criar raízes…», referiu.

O “Praça da Alegria” mudou do Porto para Lisboa e essa mudança foi penalizadora no início: «As pessoas do Norte são muito ciosas da sua região e do seu território, e isso gera sempre as quezílias Norte-Sul. Mas não faz sentido. A RTP é de todo o País e de todos os portugueses. E o próprio programa não faz distinções», admite o apresentador.

Com Jorge Gabriel e Sónia Araújo, antigos titulares do formato, não há qualquer espécie de quezília. «Somos colegas, foi uma decisão da direção de programas, e a nós cabe-nos apresentar e fazer o nosso trabalho o melhor possível. Quanto ao Jorge e à Sónia, desejaram-nos sorte e pronto», contou.

Quanto à mudança das tardes (onde apresentava o “Portugal no Coração”) para as manhãs, João Baião não se importou com a mudança de programas. «É verdade que o formato é diferente, o horário é diferente, o público é diferente… mas estranhámos mais, eu e a Tânia [Ribas de Oliveira], a nossa mudança de vida, de horários… Para a minha vida pessoal, e porque comecei a fazer teatro, parece que o dia rende mais. Não me é difícil acordar cedo, pelo contrário, acordar com o sol de Lisboa é maravilhoso», confessou à Vidas.

As audiências não são a preocupação de João Baião. O “Praça da Alegria” continua atrás do líder “Você na TV!” e do vice-líder “Querida Júlia”, mas esse facto não causa aflições. «As audiências são para os técnicos… É verdade que queremos chegar ao maior número possível de pessoas, e as coisas até têm variado muito, mas como digo estes são programas que demoram tempo a estabilizar e fidelizar espectadores. O próprio Goucha e a Cristina estiveram muito tempo até estabilizar, assim como a Júlia Pinheiro», opina.

Apesar de estar em terceiro, João Baião está convicto que existem várias diferenças entre o seu programa e a concorrência. «Estamos num canal de serviço público, o que nos permite abarcar alguns temas que, se não tivéssemos a obrigatoriedade de o fazer e pensássemos apenas nas audiências, não teriam espaço. Agora, enquanto o ‘Portugal no Coração’ variava os horários com os da concorrência, aqui concorremos diretamente com três grandes profissionais [Manuel Luís Goucha, Cristina Ferreira e Júlia Pinheiro], muito experientes, pessoas de cujo trabalho gosto muito».

A parceria com Tânia Ribas de Oliveira é o melhor de tudo. A cumplicidade entre os dois transparece para fora do ecrã. «Criámos uma cumplicidade muito grande, temos compatibilidade em termos profissionais, parece que já nos conhecemos há muito tempo. A Tânia trouxe-me uma outra dimensão e ajudou-me a habituar-me ao ritmo diário. Não conseguiria fazer isto se estivesse com uma pessoa com quem não tivesse tantos pontos em comum. Somos amigos, e isso é muito importante. Num programa em que é preciso muito improviso e espontaneidade, se não tivesse uma pessoa com quem me sentisse tão bem, as coisas não fluíam da mesma forma. E as pessoas dizem que nós funcionamos, por isso seria um erro separarem-nos», expõe.