Sucesso de audiências, “Gabriela” está de volta à televisão portuguesa

SIC
Gabriela

“Gabriela”, um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira em Portugal, está de volta à nossa televisão.

Exibida na SIC, nas comemorações dos seus 20 anos, a trama adaptada por Walcyr Carrasco acumulou uma audiência média de 15.7% de audiência e 34,6% de share.

«Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela, sempre Gabriela». A música entrou no ouvido dos portugueses pela primeira vez no dia 16 de maio de 1977 e permanece ainda hoje no seu imaginário.

Para assinalar os 40 anos da estreia de “Gabriela, Cravo e Canela”, a primeira novela exibida em Portugal, o canal Globo vai exibir a versão de 2012, protagonizada por Juliana Paes e Humberto Martins.

A estreia de “Gabriela”, novela inédita no canal, acontece no dia 15 de maio, às 22h55, com exibição de segunda a sexta-feira.

 Inspirada num dos maiores clássicos do escritor Jorge Amado, a trama de “Gabriela” desenrola-se na  Bahia dos anos 20, tempo em que Ilhéus vive o apogeu da cultura do cacau. A pequena cidade foi levantada a ferro e fogo pelos coronéis que residem e mandam por lá, liderados por Ramiro Bastos (Antonio Fagundes), o representante do conservadorismo. Aparentemente sólida, essa hegemonia é ameaçada pela chegada do exportador carioca Mundinho Falcão (Mateus Solano), o progresso em pessoa.

Ao mesmo tempo, a cidade, dominada por uma moral conservadora, fica agitada com a chegada de Gabriela (Juliana Paes), uma retirante da seca que chega a Ilhéus à procura de emprego. E ela encontra uma posição no estabelecimento de Nacib (Humberto Martins), imigrante árabe dono do Vesúvio, bar mais conhecido do lugar, que procura desesperadamente por uma cozinheira. A ousadia e ingenuidade de Gabriela encanta Nacib, ou “moço bonito”, como a jovem passa a chamar o patrão.

Com cheiro de cravo e cor de canela, o corpo de Gabriela parece esculpido por mãos nada modestas. Traz a força da natureza no olhar e o balanço do vento no caminhar. A flor no cabelo é só para enfeitar, mas quando ela passa, a cidade para para olhar. Ela não tem culpa, mas ele não aguenta. É tanta cobiça…! Tantos convites de coronéis. Decide então casar-se com Gabriela e fazer dela uma dama respeitada na sociedade. Que desencontro! O que Nacib não percebe é que “certas flores são belas e perfumadas enquanto estão nos galhos, nos jardins. Levadas para um jarro, mesmo de prata, ficam murchas e morrem”. Ao prender um passarinho selvagem existe um risco iminente: um dia, quando estivermos distraídos, ele pode ver a porta aberta e voar.