Episódio 46
Descontrolada, Isadora acusa Laura de ter bloqueado o cofre. Jaime tenta ao máximo defende-la, mas Isadora não lhe dá ouvidos correndo para a suite de Laura. Com estudada inocência, Laura nega qualquer contacto com o cofre e faz-se de ofendida pedindo a Jaime que a defenda. Beatriz, Eduardo e Lourenço ouvem a discussão e Beatriz vai até à suite. Laura continua a dizer que nem se aproximou do cofre, mas a filha afirma tê-la visto na biblioteca e que aparentava estar nervosa. Jaime fica desarmado e Isadora aproveita para espicaçar ainda mais Laura.
A mulher de Jaime nega todas as acusações afirmando que a única opinião que lhe importa é a de Jaime, deixando-o nervoso. O marido diz não poder esquecer tudo o que ela fez, apesar de as coisas parecem ter mudado nos últimos tempos. Laura fica nervosa quando Jaime não quer passar a noite com ela e sai da suite com a promessa de que a polícia vai investigar.
Fernanda procura pistas da mãe nas gavetas do quarto, mas sem sucesso. No entanto, a mecânica encontra recortes de notícias sobre a família Veiga de Andrade que a deixam intrigada.
Isadora tenta convencer Lourenço a chamar o pai à razão, mas o sobrinho recusa-se, afirmando que o pai nunca lhe daria ouvidos. Isadora fica furiosa quando Lourenço diz duvidar da culpa da madrasta.
Inácio vê o colar que Lourenço ofereceu à neta e fica algo agitado dizendo-lhe que aquele presente significa que Lourenço a ama. No início, Fernanda releva, mas à medida que o avô vai ficando mais agitado, ela presta atenção. Inácio diz-lhe que aquele colar é de extrema importância e que uma prenda assim pode mudar o curso da vida de duas pessoas. Inácio recorda o momento em que se preparava para dar a prenda que perdeu a Maria Helena.
Lourenço vai ter com Fernanda e desabafa sobre os seus problemas em casa, mostrando claramente a confiança na namorada que o ouve atentamente e com carinho. Fernanda, um pouco mais fechada, prefere não falar sobre o desaparecimento da mãe.
No dia seguinte, o nervosismo toma conta da mansão Veiga de Andrade, quando o Inspetor Machado e a sua equipa tiram impressões digitais do cofre. Laura e Eduardo discutem culpas sem serem ouvidos. Isadora dirige-se ao Inspetor e faz as acusações às quais, até o polícia já está habituado. Verifica-se, no entanto, que nada desapareceu do cofre, embora a tentativa de roubo também seja punível pela lei.
Quando interrogada pelo Inspetor, Laura confronta-o e diz que todas as acusações de Isadora são ridículas. E, apesar, do Inspetor contra-argumentar que o passado não abona a seu favor, Laura responde que são situações diferentes e que não pode estar a ser acusada injustamente de tudo o que acontece naquela casa. Laura recusa-se, assim, a falar com o Inspetor até que haja alguma prova concreta que a incrimine, caso contrário, terá de interrogar a família toda. O Inspetor fica impressionado com a firmeza de Laura e confessa-lhe que ela não parece a mesma mulher de há uns tempos atrás.
A caminho da Diamantes, o carro de Jaime deixa de funcionar e ele chama o reboque. Fernanda aparece com a sua descontração habitual e acaba por ouvir alguns desabafos do novo cliente e desapertar-lhe a gravata para que ele fique mais à-vontade. Quando a mecânica entra no carro para ver o que se passa, os seus olhos batem num dos desenhos de Lourenço que a representam de lingerie e Fernanda perde a cabeça confrontando Jaime. O magnata tenta explicar-se dizendo que foi a cunhada que fez o desenho e que não consegue explicar as parecenças. Fernanda não se convence com as explicações de Jaime e arranca a folha do caderno, indo-se embora e deixando-o pendurado.
Jaime pergunta a Isadora de onde conhece a mecânica para a ter desenhado e a cunhada fica atrapalhada, negando qualquer envolvimento com Fernanda.
Fernanda lembra-se de onde conhece Jaime e vai buscar os recortes que estavam nas gavetas da mãe.