Semana 11: Ann e Luís Vicente viajam para S. Tomé e Principe

TVI

Esta semana em “Equador”:

                            (11 a 17 de março de 2013)

Episódio 1

Decorre o ano de 1905. O rei D. Carlos acompanhado pelas gentes da realeza encontra-se no Alentejo, mais precisamente em Vila Viçosa, para uma caçada às perdizes.

Entre eles temos o Conde de Sabugosa e Conde de Jiménez y Molina, que comentam os recentes ataques à monarquia e à Casa Real, o facto do governo não estar a facilitar a sua Majestade a questão Ultramarina, o Partido Republicano a instigar o povo contra o Rei e pior que tudo, a família que tanto lhe cobiça o Império.

D. Carlos desabafa com os amigos e lamenta a ausência do seu filho, o Príncipe D. Luís Filipe, que ficou retido em Lisboa pela cerimónia na Academia Militar…

Entretanto José da Matta, secretário do Conde de Arnoso, chega a cavalo para se apresentar ao rei. Os motivos que o trazem a Vila Viçosa obrigam D. Carlos a retirar-se do almoço com os amigos, pois assuntos urgentes de governação surgiram.

No interior do palácio, o Conde de Arnoso, secretário pessoal do Rei, aguarda-o para lhe dar a solução para os problemas em S. Tomé. Assim, Luís Bernardo Valença é o nome sugerido para servir El Rei e a Pátria. Apesar dos argumentos e provas de que Valença está bem informado sobre o assunto, D. Carlos não parece muito convencido com a escolha do seu secretário. Assim, pede-lhe que o investigue no maior sigilo e que lhe descreva o perfil completo do homem.

Em Lisboa, o jovem galã Luís Bernardo Valença anda tranquilamente pelas ruas do Chiado. Depois de tratar dos seus afazeres nos escritórios da Companhia Insular de Navegação, vai almoçar ao Grémio Literário com os seus amigos. Fonseca, o seu secretário, informa-o de que um antigo colega de Coimbra, ali passou para almoçarem juntos.

No Grémio e já na companhia dos seus amigos, João Forjaz, Filipe Martins e Mateus Resende, Luís Bernardo conversa sobre as suas conquistas e questões políticas.

Assim que a refeição termina, João relembra Luís Bernardo da ópera que terão nessa noite e das férias na Ericeira planeadas para o dia seguinte.

Num outro contexto, encontramos Matilde Albuquerque, prima de João Forjaz, que conversa com o seu marido, Frederico Albuquerque, sobre as férias na Ericeira. Desapontada pelo marido não poder acompanhá-la na semana de férias, por motivos de negócios, Matilde entretém-se a ajudar Marta Trebouce com o enxoval e os preparativos para a festa de casamento com Antero Albuquerque, primo de Frederico.

Apesar da euforia e agitação familiar, percebemos que Antero está nervoso com o aproximar do grande dia e ao ver o primo a sair da quinta, intercepta-o para poder desabafar a sua angústia de permanecer virgem antes do casamento.

Compreendendo a aflição do primo, Frederico entrega-lhe a morada do bordel de Maria dos Prazeres, fazendo-lhe saber que ela vai resolver o seu problema.

Mais uma noite decorre no bordel de Maria dos Prazeres, um dos locais de eleição de Luís Bernardo, que conta novamente com a sua presença e também do seu amigo João. Além do ambiente boémio, das prostitutas que circulam pomposamente pelo salão, encontramos também senhores de bem, entre eles Valle Flôr, dono de uma das roças de São Tomé, que ao cruzar-se com Luís Bernardo aproveita para provocá-lo pela ousadia ao publicar um artigo tão polémico sobre o Ultramar.

O dia amanhece com Luís Bernardo a chegar à Ericeira. Enquanto aguarda no lobby do hotel para preencher a sua ficha de hóspede, ouve as contestações de Mimi Vilanova, figura emblemática, porta-estandarte da moral e dos bons costumes da alta sociedade lisboeta. A atenção de Luís Bernardo é desviada do ambiente envolvente para a chegada de duas crianças, Carlota e Artur seguidos pela ama, Alice, e de Matilde e Marta, que se dirigem à recepção. Luís Bernardo e Matilde cruzam o seu olhar por instantes e pela primeira vez.

Mais tarde e a aproveitar os últimos raios de sol, João encontra Luís Bernardo na varanda do hotel e convida-o para jantar com ele e as primas Matilde e Marta.

Nesse instante, Matilde aparece junto deles e depois de feitas as apresentações, João deixa-os a sós, alertando a prima para o facto de o amigo ser uma companhia pouco recomendável…

Enquanto Luís Bernardo, Matilde, Marta e João jantam, o ambiente entre eles é agradável e o interesse de Luís Bernardo pela prima de João Forjaz intensifica-se.

Na manhã seguinte, Maria dos Prazeres recebe uma nova rapariga no seu bordel, vinda da província e de seu nome Imaculada. Ao ver o ar assustado e o pouco à vontade com que Imaculada chega ao seu estabelecimento, Maria dos Prazeres tem uma conversa preparatória com ela: a consciência da grande oportunidade que a vida lhe está a proporcionar. Pilar, uma das prostitutas do bordel, encarrega-se de levar Imaculada para o seu novo quarto e não deixando de transparecer uma certa irritação ao ouvir a conversa, mostra-lhe uma versão amarga da vida que a espera. Uma vez no bordel, no bordel para sempre.

Entretanto em Vila Viçosa, o Conde de Arnoso tenta apressar o Rei na sua decisão, uma vez que o governador escolhido tem de chegar a S. Tomé antes do cônsul inglês, que será enviado para fiscalizar as roças portuguesas, para controlar a situação.

Decidido, D. Carlos analisa as informações que o secretário recolheu sobre Luís Bernardo Valença.

Luís Bernardo confidencia com João que não consegue deixar de pensar em Matilde, mas o amigo repreende-o e pede-lhe que não se envolva com a prima, pois para além de ser bem casada, não ia ser mais do que uma das suas conquistas.

Simultaneamente na Índia, mais propriamente na cidade Goalpar, Ann Rhys-More mostra o templo hindu aos pais Mr. Rhys-More e Mrs. Rhys-More.

Ann vive um casamento feliz de sete anos com David Jameson, ensombrado, no entanto a partir do momento que ficam a saber da impossibilidade de terem filhos – David é estéril. Ann nem quer acreditar, porque era um desejo dela ter filhos e a insistência dos pais para que lhe dessem netos…

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