Episódio 4
Fred contrata Fernanda para trabalhar na Ponto sem Nó.
Aurora quer ceder mas acaba por virar as costas a Fred.
Lúcia provoca incêndio no camarim de Aurora.
Fred olha para Rato e Monas, que, por sua vez, olham para Ângelo à espera de instruções. Ângelo faz um ligeiro aceno de cabeça e Monas e Rato atiram-se a Fred mas este consegue esquivar-se dos golpes com alguma facilidade. Ângelo acaba por ordenar que parem e avisa Fred para não voltar a aparecer por ali. Fred vai-se embora a olhar para Ângelo com um ar ameaçador.
Fred caminha pelo bairro e é abordado por Rouxinol, que lhe pede uns trocos e pede também para ver o que ele traz na caixa. Fred mostra-lhe e Rouxinol segue caminho, juntamente com os outros miúdos do bairro.
Fred continua a caminhar e caba por esbarrar em Fernanda, que lhe diz que era amiga do seu pai. Falam sobre o estado de degradação a que o bairro chegou e Fernanda acaba por dizer que foi despedida. Fred diz-lhe que as lojas do pai estão a passar um mau bocado mas há sempre espaço para uma amiga. Fernanda olha-o, muito agradecida.
Aurora desabafa com Daniela por causa de Fred. A amiga tenta dar-lhe uma outra perspetiva e aconselha-a a falar com ele mas Aurora não está com vontade de ceder.
Na cozinha dos Peixoto, vemos Lúcia à frente do espelho a maquilhar-se enquanto se lembra da forma como Irene a tratou. Lúcia olha para uma fotografia de Aurora e vai copiando a sua maquilhagem.
Alice entra no café de notícias e pergunta a Pedro se ainda têm a vaga disponível. Pedro, ao perceber que ela é uma miúda, começa a fazer-lhe algumas perguntas e acaba por gostar da lata de Alice. Alice fica entusiasmada e Pedro diz-lhe que acha que se vai dar bem com Zen.
Joel recebe uma chamada e percebe que estão a pensar correr com ele do sindicato. Zen, que está junto ao pai, diz-lhe que se as pessoas não querem fazer greve, ele também não pode ir sozinho para a rua de cartaz e megafone na mão. Joel tem uma ideia mas não a partilha com o filho.
Fred acaba de entrar no restaurante e Silvana e Denise vão logo ter com ele. Silvana apresenta-se e diz ser a dona do estabelecimento. Fred pede um café no momento em que Aurora entra e ficam os dois em silêncio a olhar um para o outro. Fred pega na mão de Aurora e pede-lhe que conversem. Aurora nega e vai-se embora. Fred segue atrás dela.
Fred consegue alcançar Aurora, que acaba por ouvi-lo. Fred diz-lhe que a sua intenção nunca foi magoá-la ou enganá-la mas que o reencontro foi tão forte que ele esqueceu tudo o resto. Aurora quer muito ceder mas acaba por não o fazer e vira-lhe as costas.
No corredor do teatro, Irene dá um raspanete à assistente de Aurora por ter estado a fumar. Lúcia vai observando até que Irene se aproxima dela e lhe pede desculpa pela forma como a tratou. Lúcia, cínica, diz-lhe que não há problema, já percebeu que é uma mulher muito atarefada. Aurora chega e avisa a mãe que já fez um desmentido para as revistas. Irene fica a ferver por dentro e Lúcia satisfeita.
No seu gabinete, Marcelo partilha as ideias que foi gravando no seu telemóvel com Janete. Esta não gosta das suas ideias e Marcelo desdenha da única ideia que Janete dá. Marcelo acaba por sair com Júlio e ordena a Janete que termine de escrever o episódio.
Na Debaixo d’Olho, Gustavo vai ter com o filho e leva-lhe o jantar, sabe que não se tem andado a alimentar em condições. Manel conta ao pai o caso que está a investigar e Gustavo fica empolgado. Manel diz que não é um caso muito complicado mas Gustavo fica orgulhoso dele.
Na receção do hotel, Paulo, de fato e gravata, vai tirando fotografias discretamente enquanto envia um áudio a Lúcia. Paulo consegue entrar na zona de serviço mas tem de fugir de um funcionário.
Aurora apresenta Lúcia ao elenco e entrega-lhe um passe VIP para que tenha acesso a todas as salas e possa conhecer os bastidores por completo. Irene oferece-se para acompanhar Lúcia no resto da visita pois Aurora tem de gravar.
Irene leva Lúcia à saída e diz-lhe para voltar à noite pois tem compromissos e Aurora precisa de estar concentrada nas gravações. Lúcia fica ofendida mas a assistente de Aurora aconselha-a a não se deixar afetar por Irene.
Na Ponto sem Nó, Fred acaba de apresentar Fernanda como a nova funcionária. Donatela comenta que achava que estavam em crise e Fernanda pega-se com ela, acha que a devia defender uma vez que são do mesmo bairro e ela sabe que Fernanda está desempregada. Fred entra no escritório para atender uma chamada.
Fred atende Vera e diz-lhe que as coisas se complicaram e que não deve voltar tão cedo. Vera exige explicações e Fred conta-lhe que decidiu herdar o negócio do pai pois não pode deixar os funcionários na mão. Vera perde a cabeça e cobra a Fred toda a ajuda que lhe deu com os problemas que teve no passado. Fred tenta justificar-se mas Vera acaba por desligar a chamada de forma abrupta.
Marcelo e Júlio conversam enquanto partilham uma garrafa de champanhe. Marcelo mente ao amigo e diz que nem consegue dormir pois tem sempre a cabeça a fervilhar com novas ideias. Júlio acha que ele devia assentar mas Marcelo recusa essa ideia e até sugere ao amigo que ele é que devia libertar-se da trela de Irene.
No autocarro, Joel começa a distribuir sandes e cervejas pelos turistas. Quer que fiquem embriagados.
Em casa da família Teixeira, Alice conta à mãe que arranjou um part-time no café. Daniela não quer que a filha trabalhe, acha que tem de se concentrar nos estudos para não perder mais nenhum ano. Alice argumenta mas Daniela acaba por proibi-la de aceitar o trabalho.
Na sala de ensaios, Miguel e Aurora estão a aquecer a voz para o espetáculo. Irene observa-os e vê que a filha está sem energia e decide puxar por ela, quer que tudo seja perfeito. Miguel percebe que Aurora acusa a pressão de Irene e sai em sua defesa.
Diego tenta animar Aurora, que acaba por se rir com as suas piadas. Lúcia entra para lhe desejar boa sorte e, quando sai, pega na chave e coloca-a do lado de fora da porta. Diego sai e Aurora fica a olhar-se ao espelho e a tentar concentrar-se para entrar em cena.
Do lado de fora do camarim, Lúcia tranca a porta discretamente.
Lúcia provoca um incêndio, no corredor dos camarins, deitando um cigarro aceso para um caixote que está perto de um charriot cheio de vestidos. Os vestidos começam a arder e Lúcia deixa o maço de tabaco por ali perto com o intuito de incriminar a assistente de Aurora.
Aurora levanta-se, respira fundo e dirige-se à porta, preparada para entrar em cena. Põe a mão na maçaneta e percebe que a porta está trancada.
Lúcia regozija ao ver que as chamas que saem do caixote e começam a queimar as pontas dos vestidos. Com um ar vitorioso acaba por sair.
Aurora tenta arrombar a porta mas sem sucesso. Quando começa a ver fumo a entrar, Aurora bate na porta com força e grita por ajuda.
No corredor, Lúcia assiste, imóvel, com satisfação, ao desespero de Aurora, que continua a bater insistentemente à porta.