Episódio 21 (20 a 26 de fevereiro)
Vasco consegue libertar Catarina da prisão.
Abel despede Tozé depois de descobrir que ele e o pai andavam a roubar na mercearia.
Rosa conta a António sobre as ameaças de Magda.
Vitória está no escritório e vasculha a agenda de Eduardo, no tablet. Não encontra nenhum compromisso e atira-o o tablet, irritada, para o sofá. Luís Maria, que entra nesse momento, apanha o tablet e coloca-o em cima da mesa, enquanto Vitória lhe pergunta se sabe de alguma reunião com o Rebelo, por causa de uns financiamentos. O cunhado diz-lhe que não faz ideia do que está a falar e Vitória disfarça, dizendo-lhe que deve estar a fazer confusão e sai, furiosa.
No tribunal, Mário e o juiz prosseguem a sua troca de argumentos, mas as coisas não estão a correr bem ara o lado de Catarina pois o juiz acha que existe o risco de a arguida cometer novamente um crime e por isso terá de ficar em prisão preventiva. Vasco chega, muito apressado, e entra pela sala dizendo que tudo não passa de um engano, que foi ele quem ofereceu as garrafas a Catarina e que se esqueceu de lhe entregar a guia de transporte. O juiz aceita ouvir Vasco e este explica que pôs as caixas na carrinha da arguida e que se esqueceu de a avisar e de lhe entregar a guia, que prova que foi uma oferta e não um furto. O juiz fica convencido e deixa Catarina sair em liberdade. Esta atira-se para os braços de Vasco, num abraço apertado, agradecendo-lhe.
Na farmácia, Julieta está a atender Abel e fala-lhe de uma forma sexy e muto cuidadosa, está empenhada em vender para ser a empregada da semana. Cremilde observa-a, desdenhando da sua atitude e, quando o cliente sai, esta diz-lhe que parecia uma oferecida e que anda a aprender com a sua nova amiga Filipa. As duas discutem e Julieta diz à colega para se dedicar às tortas, que é melhor. Cremilde conta-lhe que sabe onde Jorge trabalha e o que aconteceu entre ele e Eduardo mas não lhe conta. Julieta fica a roer-se por não saber o que se passou.
No clube, Jorge está de esfregona na mão, enquanto fala com Catarina. Jorge não consegue conter a felicidade por saber que a filha foi ilibada e começa a dançar e a cantar, agarrado à esfregona. Mimi fica entusiasmada com a sua energia e comenta que até era capaz de o promover, caso não tivesse começado apenas há uma hora. Belmiro comenta que ela não tem poder para promover ninguém. Mimi fica ofendida e os dois picam-se, mas nada consegue estragar a alegria de Jorge.
Diana vai ter com Natália à cozinha e esta quase deixa cair os pratos, que estava a arrumar. A inspetora diz à mãe que se vai mudar para a Vila, mas Natália não está muito interessada, não a perdoa por a ter prendido. Diana pede desculpa à mãe, admite que possa ter exagerado mas acha que está na altura de esquecerem esse assunto. Natália acha que Diana podia safar Fernando, do caso de Margarida, mas Diana pede à mãe que não se meta no seu trabalho.
No barco, Vasco vem com dois cafés enquanto Catarina lhe agradece e diz que achava que, tão cedo, não ia voltar a ver o mar. Os dois ficam próximos, quase a beijar-se, mas Catarina lembra-se do que Vitória lhe disse sobre querer subir na vida à conta de Vasco, e afasta-se imediatamente. Vasco não percebe aquela atitude mas Catarina diz-lhe que precisa de voltar para terra pois tem de resolver a vida das irmãs e tirá-las da instituição. Vasco apressa-se a beber o café para a ir levar.
Eduardo acaba de chegar e traz um ramo de flores para Vitória. Ela agarra no ramo e atira-o ao chão dizendo que Luís Maria não sabia daquela reunião e que, o mais certo, é ele ter arranjado outra amante. Eduardo tenta desculpar-se, diz que esteve com o Rebelo e que se quiser pode ligar-lhe para confirmar mas confessa estar farto das suas desconfianças e faz-se de vitima. Vitória não diz nada e Eduardo, mantendo a farsa, diz que a ama, pega nas flores e diz-lhe que faça com elas o que quiser, afasta-se fingindo-se magoado. Vitória olha as flores, sem saber o que pensar.
António dirige-se a Rosa, no armazém, e pergunta-lhe se o tem andado a evitar, parece que não quer falar. Rosa diz-lhe que não há nada para falar mas António insiste, são amigos e podem desabafar para atenuar as dores um do outro. António decide partilhar com ela a história do irmão Vítor e da forma como morreu. Rosa conta-lhe também a sua história, conheceu um homem, na quinta onde trabalhava no Douro, que tinha mulher e filhos, em Coimbra e, desde então, a mulher não para de persegui-la. Veio para Vila Santa, na esperança de poder começar de novo, mas a mulher descobriu o seu paradeiro e ameaçou-a novamente.
Em casa dos Fontes, Ricardo vai beijando Filipa e sugere que abram uma garrafa e comemorem no quarto. Filipa pergunta-lhe se bebe daquela maneira pelo que aconteceu ao seu amigo Vítor, Natália contou-lhe. Ricardo começa a não gostar da conversa mas Filipa, carinhosa, diz-lhe que se estão juntos quer saber se ele precisa de ajuda, se quer desabafar. Ricardo corta a conversa, diz-lhe que não estão juntos e que não precisa de uma psicóloga, que devia limitar-se a fazer aquilo em que é boa, mas se não está disponível, que ele se vai embora. Ricardo sai deixando Filipa de lágrimas nos olhos.
Na lavandaria, Jaime está a dar dicas a Carla de como fazer o vestido para a festa que vai ter. Belmiro entra e depara-se com o filho enrolado num pedaço de cetim e fica em choque. Jaime apressa-se a despachar Carla e acaba por confirmar ao pai que tem uma namorada, tal como Filipa lhe disse. Belmiro fica todo entusiasmado e diz que a quer conhecer.
Na mercearia, Jorge pede a Tozé que leve umas coisas para fazerem um jantar a Catarina, ela merece depois do que passou. Abel está a ver as imagens da Câmara de vigilância e fica em choque quando percebe que Jorge leva produtos no bolso. Quando são confrontados, Tozé diz que não sabia de nada e Jorge confessa a Abel que roubou por necessidade, para por comida na mesa dos filhos. Abel está de cabeça perdida, diz a Tozé que está despedido e que vai fazer queixa à polícia. Tozé implora que não faça queixa, mas Abel expulsa-os do estabelecimento.
Catarina está perante Caetana e Vitória e pede o seu emprego de volta, diz que foi ilibada pois Vasco foi a tribunal e confessou que lhe ofereceu as garrafas mas esqueceu-se de lhe dar a guia de transporte. Vitória e Caetana ficam em choque com aquela informação mas Catarina insiste que está inocente e pede que a deixem continuar a trabalhar. Caetana é dura, diz a Catarina que não a quer mais ali em casa e que lhe vai fazer as contas. Catarina contém a fúria e sai.
Catarina entra na cozinha e dá um murro na mesa assustando Natália. Esta conta que foi ilibada, mas que Caetana já não a quer a trabalhar mais ali. Natália compadece-se com a situação, mas não consegue ajudá-la, a única coisa que sabe é que os meninos perguntaram por ela e parece que já se tinham afeiçoado. Catarina está triste, também vai sentir saudades deles.
Elisa e Teodoro estão a fechar a casa das tortas quando Cremilde entra, esbaforida. Elisa põe logo os tampões nos ouvidos e Cremilde conta a Teodoro que Catarina foi ilibada e já está em liberdade. Cremilde repara que Elisa está com os tampões e diz-lhe que os tire, enquanto Teodoro comenta que foi um bom dia de faturação. Cremilde acha que Elisa a devia aceitar como seu braço direto mas esta diz que se recusa, nem morta a queria ali. Cremilde fica irritada.
Em casa dos Mosquito, Gabriel está ao computador quando Mimi entra à procura do seu carregador, com Filipa. Filipa está desanimada, mas Mimi diz-lhe que têm um jantar no dia seguinte e sugere que experimente um vestido. Filipa veste-o ali mesmo e Gabriel fica muito atrapalhado, mas tenta não dar nas vistas. Quando Mimi sai, Filipa pergunta a Gabriel pela tal rapariga que ele falou mas Gabriel diz-lhe que é complicado, não sabe se ela sente o mesmo que ele. Filipa incentiva-o a tomar iniciativa e a convidá-la para sair.
Na sala de jantar, Ricardo faz um cocktail sob o olhar de Vitória e Caetana. Vasco chega e diz à mãe que quer marcar uma reunião pois já tem umas ideias para apresentar acerca da agricultura de precisão. Vitória está mais interessada em saber porque é que tirou Catarina da prisão. Vasco diz-lhes que Catarina está inocente mas Caetana avisa-o que a despediu e não pensa voltar com a sua palavra atrás. Vasco pede à irmã que reconsidere e Caetana pergunta-lhe se está apaixonado por Catarina. Vasco não responde, mas Vitória avisa-o para não se deixar cair na teia de uma ex-presidiária e diz-lhe que não quer mais conversas sobre essa rapariga ali em casa.
Em casa dos Valente, Tozé e Jorge abraçam Catarina, que está arrasada porque foi despedida. Tozé acaba por confessar que Abel o despediu pois os apanhou roubar e Catarina fica passada com o irmão e com o pai. Jorge diz-lhe que arranjou trabalho mas ela sabe que não é suficiente, que se querem tirar Vera e Marta da instituição, todos devem estar a trabalhar.
Rosa está a contar a Cláudia que recebeu um novo mail de Magda, ela já sabe que estão em Vila Santa e voltou a ameaça-la. Cláudia diz à mãe que as fotografias que Magda apanhou dela foram tiradas, sem o seu consentimento, no clube. Rosa não quer acreditar que vão ter de mudar de vida novamente mas Cláudia acalma a mãe e diz-lhe que, se for preciso, vão à polícia e que não vão sair de Vila Santa, juntas vão conseguir ultrapassar aquela situação. Ficamos no abraço das duas.
Filipa chega a casa, toda contente, com três bilhetes para um concerto. Mostra-os ao pai e ao irmão, sob o olhar indignado de Natália. Filipa diz ao pai que Natália anda a enganá-lo e vai até à sua mala e retira a reserva do motel. Natália dá-lhe os parabéns, acabou de estragar a surpresa que ia fazer a Belmiro. Filipa fica em choque, nem quer ouvir mais nada e só de imaginar o pai com Natália num motel, até perde o apetite.
Catarina, Jorge e Tozé estão perante Abel e tentam justificar os roubos feitos. Este mantém uma postura distante mas acaba por aceder a não fazer queixa, desde que eles nunca mais entrem na sua mercearia. Catarina e Tozé agradecem-lhe mas Abel avisa-os que vai ficar com as imagens e que as utiliza, caso eles não cumpram com o acordo.
Na cozinha, Vitória bebe o seu chá enquanto discute com Eduardo dizendo que Caetana despediu Catarina, que ele foi um inútil e que foi incapaz de tirar do caminho a filha da sua amante. Eduardo diz à mulher que não tem culpa que Vasco tenha ilibado Catarina e que está farto de ser sempre acusado de tudo. Vitória aconselha-o a desistir do papel de vítima, não lhe assenta bem.
Na sala de provas vemos, sobre a mesa, uma garrafa com a versão final do vinho que Fernando andava a desenvolver com Margarida, e que Rosa recuperou. Vasco mostra a Rosa várias imagens sobre a agricultura de precisão, mas a enóloga tem dificuldade em concentrar-se, está preocupada com os seus assuntos pessoais. Fernando aproxima-se e dá-lhe os parabéns pelo vinho e diz que se vai chamar Calíope. Vasco diz ao avô que vai tratar da festa de lançamento.
Cláudia acaba de entrar, com Gonçalo, em sua casa e procura por um livro enquanto falam sobre a situação de Rosa. Gonçalo diz-lhe que acredita que tenha sido muito complicado lidar com as ameaças constantes mas garante que, caso essa mulher apareça em Vila Santa, ele mesmo faz questão de a afugentar. Cláudia fica derretida e beija-o, apaixonada.